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Bispos do Regional Leste 2 da CNBB gravam vídeo sobre as eleições

Bispos de Minas Gerais e do Espírito Santo, estados que integram o Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, gravaram mensagem sobre o ano eleitoral. O vídeo inspira-se no que foi decidido durante a Assembleia do Conselho Regional de Pastoral, quando os bispos se reuniram no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade e decidiram oferecer contribuições para que todos possam votar de modo consciente.

Desde a reunião, ocorrida em junho, as dioceses capixabas e mineiras têm partilhado conteúdos audiovisuais, além de uma cartilha especialmente preparada pela CNBB, com orientações a respeito da importância da participação cidadã no processo eleitoral. Na mensagem publicada, os bispos reafirmam o respeito à autonomia dos fiéis na escolha de seus candidatos.

Clique aqui e confira outros vídeos e áudios das Eleições 2018. 

FONTE; CNBB Regional Leste 2

Campanha da Fraternidade 2020 aborda compaixão e cuidado para com o próximo

Já é tradição da Igreja no Brasil, anualmente, a quarta-feira de Cinzas ser um marco para duas frentes: a primeira, é o início da Quaresma, período preparatório de 40 dias para a Páscoa do Senhor, e a outra, a Campanha da Fraternidade (CF 2020), promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde 1964, que a cada ano reflete sobre uma temática específica, como família, políticas públicas, saúde, trabalho, educação, moradia e violência, entre outras.

Para a edição de 2020 da CF, o tema escolhido foi: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34) e o lema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”. Essa passagem bíblica é a clássica parábola do bom samaritano, que, além de ser referência para a CF deste ano, vai ao encontro da vida e missão de Santa Dulce dos Pobres, o “Anjo Bom da Bahia”, a representação de um “bom samaritano”, recém-canonizada pela Igreja Católica.

Cartaz Oficial da Campanha da Fraternidade 2020

A temática apresentada na CF 2020 busca conscientizar, à luz da palavra de Deus, para o sentido da vida como dom e compromisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado com as pessoas, a família, a comunidade, a sociedade e o planeta, casa comum.

O texto-base da Campanha da Fraternidade, deste ano, convida-nos a ter um olhar que se eleva para Deus, no mais profundo espírito quaresmal, e que se volta também para os irmãos, identificando a criação como presente amoroso do Pai. No texto, a presidência da CNBB afirma que a Campanha será uma motivação para olharmos, transversalmente, as diversas realidades, interpelando todos sobre o respeito à vida, em suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social e ecológica.

“Não se pode viver a vida passando ao largo das dores dos irmãos e das irmãs”, diz um trecho do texto base. Ver, sentir compaixão e cuidar são os verbos de ação que irão conduzir este tempo quaresmal. Para isso, o texto-base, dividido em três partes, convida cada pessoa, cada grupo pastoral, movimento, associação, Igreja Particular e o Brasil inteiro, motivados pela Campanha da Fraternidade, ver fortalecida a revolução do cuidado, do zelo, da preocupação mútua e, portanto, da fraternidade.

 Coleta Nacional

No dia 5 de abril, domingo de Ramos, a Igreja no Brasil realiza a Coleta Nacional da Solidariedade, um gesto concreto, por meio do qual os fiéis demonstram seu comprometimento com a evangelização e promoção da dignidade dos pobres e oprimidos.

Do montante arrecadado na Coleta, 60% é utilizado para dar apoio a projetos sociais da própria diocese. Com esses 60%, a Cáritas Diocesana ajuda nossa a administrar esse fundo, apoiando e criando projetos sociais em toda nossa diocese. E 40% vão para o Fundo Nacional de Solidariedade, gerido pela própria CNBB. O dinheiro é utilizado no fortalecimento da solidariedade entre as diferentes regiões do país, em projetos sociais aprovados pela CNBB a cada ano.

CNBB e CONIC promovem a Semana de Oração pela Unidade Cristã

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) divulgou o tema e o cartaz da Semana de Oração pela Unidade Cristã (Souc), que este ano será realizada de 13 a 20 de maio. O tema, inspirado no livro de Êxodo, é “A mão de Deus nos une e liberta”.

O cartaz traz pessoas em barcos que simbolizam, sobretudo nesses tempos de crise migratória, pessoas refugiadas que vivem cada vez mais à deriva dos poderes constituídos. Em muitos casos, sem políticas sociais que possam devolver a elas a dignidade roubada, essas pessoas são submetidas a situações de trabalho análogas à escravidão ou, então, comercializadas como escravas.

A arte alude, por um lado, que muitas dessas pessoas refugiadas contam com a “mão” de Deus que, de uma forma ou de outra, os ampara. É também a mão de Deus, presente em águas revoltas, que nos movimenta a agirmos em favor de uma humanidade que não se conforma com a violação dos direitos humanos e da dignidade de irmãos e irmãs de diferentes culturas e etnias.

O barco, símbolo do movimento ecumênico, também remete à comunidade cristã, que tem como desafio navegar, ecumenicamente, rumo à unidade. Entretanto, essa unidade almejada apenas será concreta se todas as pessoas tiverem acesso à justiça, o direito de viver em seus territórios de origem e o direito de viver sua cultura e espiritualidade.

Material da SOUC – O material da Souc foi preparado pelas igrejas do Caribe. Caribe, nome de origem indígena, do povo Kalinago, é uma vasta extensão geográfica que inclui ilhas e territórios continentais, com uma rica e variada coleção de tradições étnicas, linguísticas e religiosas. É também uma região que possui complexa realidade política, com uma

variedade de organizações governamentais, incluindo desde territórios coloniais (ingleses, holandeses, franceses e americanos) até nações republicanas.

Constata-se que, nos anos de colonialismo e escravidão, a ação missionária, com poucas exceções, muitas vezes justificava e reforçava a triste e desumana realidade da escravidão. No entanto, se por um lado a bíblia era utilizada para justificar a escravidão, por outro, nas mãos dos escravizados, tornou-se uma inspiração, uma garantia de que Deus estava ao lado dos oprimidos. Este Deus, diante dessa inspiração libertadora, os conduziria à liberdade.

Resgatando a história e as consequências do colonialismo, tanto no Caribe quanto na América Latina, a Souc 2018 convida para refletir sobre o trabalho análogo à escravidão que, no século XXI, fere tanto a humanidade quanto a imagem de um Deus de amor e liberdade. A escravidão e o trabalho humano degradante é um desafio contemporâneo a ser assumido pelas igrejas.

No Brasil, o material da Souc foi adaptado pelo Conselho de Igrejas para Estudo e Reflexão (CIER), de Santa Catarina.

Atendendo ao desejo do próprio Jesus – Promovida mundialmente pelo Conselho Pontífice para Unidade dos Cristãos (CPUC) e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), a Semana de Oração pela Unidade Cristã acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios.

No hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson, pois cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo, e tinham, portanto, um significado simbólico.

No hemisfério Sul, por sua vez, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem, em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conic lidera e coordena as iniciativas para a celebração da Semana em diversos estados.

Levando em conta essa flexibilidade no que diz respeito à data, o Conic estimula a todos os cristãos, ao longo do ano, a expressar o grau de comunhão que as Igrejas já atingiram e a orar juntos por uma unidade cada vez mais plena, que é desejo do próprio Cristo (Jo 17, 21).

Participe – Organize seus grupos de oração, estudos bíblicos. Experimente orar e viver ecumenicamente. Participe da Semana de Oração pela Unidade Cristã. Os pedidos para o material da Souc 2018 poderão ser encaminhados para o e-mail: conic@conic.org.br. O preço do caderno é R$4,50. O cartaz ficará liberado para download, em alta resolução, em PNG e em PDF.

Participe intensamente dessa semana na sua Paróquia. Procure o escritório paroquial para mais informações.

FONTE: CNBB

Começa hoje dia 11 de abril em Aparecida (SP) a 56ª Assembleia Geral da CNBB

A 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) teve início na manhã desta quarta-feira, 11 de abril, com uma Santa Missa presidida pelo Arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, Cardeal Sergio da Rocha, no Santuário Nacional de Aparecida, em seguida, todo o episcopado participante se reuniu para a sessão de abertura, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, local onde os trabalhos serão desempenhados até o próximo dia 20 de abril para tratar principalmente da formação dos presbíteros na Igreja do Brasil.

Durante a sessão, Dom Sérgio da Rocha destacou que a assembleia é sempre uma experiência privilegiada de oração, partilha fraterna, estudo e reflexão para fortalecer a comunhão entre os bispos, para melhor servir as Igrejas particulares, ou seja, um tempo especial de participação em vista da missão da Igreja no brasil.

Ele também ressaltou que o Papa, em audiência pessoal, avalia o fato de continuarmos firmes na missão, confiando a esperança e permanecendo unidos. “Agradecemos o Papa pelo apreço a conferencia brasileira e pela última exortação apostólica ‘Gaudete et Exsultate’. Convivamos na santidade”.

Dom Sérgio não deixou de lembrar que a 56º AG, se realiza no ano do laicato, buscando valorizar sempre mais a missão dos leigos na igreja, como sal da terra e luz do mundo.” Buscamos apoiar cada vez mais a vocação e a missão dos leigos, pois precisamos de um laicato atuante na Igreja e na sociedade”.

Sobre o tema central “Diretrizes para a Formação de Presbíteros”, ele disse que a temática merece uma atenção de todos, considerando não só a formação dos futuros presbíteros, mas a formação permanente dos atuais, sempre necessária.

O Cardeal também cita outros temas que serão debatidos, como, por exemplo a realidade social, as eleições no país e a eleição dos delegados para o sínodo dos bispos em Roma, que tratará de jovens, fé e discernimento vocacional.

O presidente da CNBB, fez questão de pedir orações pela restauração da saúde do secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner e informou a nomeação do bispo auxiliar de São Luis do Maranhão, Dom Esmeraldo Barreto de Farias como coordenador dos trabalhos, auxiliado pelo Arcebispo-Coadjutor de Montes Claros, Dom João Justino de Medeiros Silva.

 

 

Boas-vindas

Outros importantes nomes deram as boas-vindas na Sessão de Abertura da 56º AG, como, o núncio apostólico no Brasil Giovanni d’Aniello, o Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, o Reitor do Santuário Nacional, Padre João Batista e o Prefeito de Aparecida, Ernaldo César Marcondes.

“Mais uma vez Aparecida vos recebe de braços abertos. Escolhidos para serem nossos pastores, com a graça de Deus e intercessão de Nossa Senhora Aparecida, pois que sejam iluminados e saiam daqui com grande resultado. Não entregarei as chaves da cidade, porque Aparecida não tem portas e nem portões para os bispos do Brasil. Está sempre aberta para todos vocês”, disse o prefeito.

Já o reitor do Santuário Nacional explicou que o povo está inseguro e temoroso com relação ao futuro do país e que a CNBB sempre foi um guarda-chuva, no qual, as pessoas e as instituições esperam proteção para respirar esperança e acreditar na força dos valores morais e éticos fundamentados nos ensinamentos de Jesus. “Temos certeza que o Espírito Santo de Deus não abandonará aqueles que foram colocados na condição de guias espirituais dos fiéis”, disse.

O Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, disse que Aparecida, nesta época preside um verdadeiro cenáculo. “Aqui se transforma num verdadeiro pentecostes para toda a Igreja do Brasil. Cito palavras de um salmo: como é belo e agradável para irmãos unidos vivermos juntos”.

Por fim, Dom Giovane Dinielli aponta que é justamente a Virgem Mãe Aparecida a quem está confiada a 56º AG.

FONTE: A12

Comissão para Vida e a Família da CNBB mobiliza cristãos na luta contra a legalização do aborto

Mais uma vez, a legalização do aborto volta à pauta nacional em uma audiência pública convocada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) para os dias 3 e 6 de agosto. Na ocasião, será debatido a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, discutida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.

Diante dessa realidade, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reafirma em nota a posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”. Afirmação emitida pela presidência da CNBB na Nota Oficial “Pela vida, contra o aborto”, publicada em 11 de abril de 2017.

A ação sustenta que dois dispositivos do Código Penal que instituem a criminalização da interrupção voluntária da gravidez afrontam a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a não discriminação, a inviolabilidade da vida, a liberdade, a igualdade, a proibição de tortura ou o tratamento desumano e degradante, a saúde e o planejamento familiar das mulheres e os direitos sexuais e reprodutivos.

A Audiência Pública será realizada no Supremo Tribunal Federal, Anexo II-B, sala da Primeira Turma, nos dias 03.08.2018 (sexta-feira) e 06.08.2018 (segunda-feira), das 8h40 às 12h50 e das 14h30 às 18h50. A CNBB apresentará sua posição, nesta audiência, no dia 6 de agosto, às 9h10, pelo dom Ricardo Hoerpers, bispo da diocese de Rio Grande (RS) e pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da diocese de Osasco (SP).

Leia a nota na íntegra:

Brasília – DF, 25 de Julho de 2018

ABORTO E DEMOCRACIA

  1. Um perigo iminente

Nos últimos anos, apresentaram-se diversas iniciativas que visavam à legalização do aborto no ordenamento jurídico brasileiro.

Em todas essas ocasiões, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fiel à sua missão evangelizadora, reiterou a “sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil” (CNBB, Nota Pela vida, contra o aborto, 11 de abril de 2017).

Unindo sua voz à sensibilidade do povo brasileiro, maciçamente contrário a qualquer forma de legalização do aborto, a Igreja sempre assegurou que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas”, lembrando que “urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil” (Ibidem).

As propostas de legalização do aborto sempre foram debatidas democraticamente no parlamento brasileiro e, após ampla discussão social, sempre foram firmemente rechaçadas pela população e por seus representantes.

A desaprovação ao aborto, no Brasil, não parou de crescer nos últimos anos, mas, não obstante, assistimos atualmente uma tentativa de legalização do aborto que burla todas as regras da democracia: quer-se mudar a lei mediante o poder judiciário.

  1. A ADPF 442

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 442, solicita ao Supremo Tribunal Federal – STF a supressão dos artigos 124 a 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto, alegando a sua inconstitucionalidade. O argumento, em si, é absurdo, pois se trata de uma lei federal de 1940, cuja constitucionalidade jamais foi questionada.

O STF convocou uma audiência pública para a discussão do tema, a realizar-se nos dias 3 e 6 de agosto de 2018. A maior parte dos expositores representa grupos ligados à defesa da legalização do aborto.

A rigor, o STF não poderia dar andamento à ADPF, pois não existe nenhuma controvérsia em seu entendimento. Em outras palavras, em si, a ADPF 442 transcende o problema concreto do aborto e ameaça os alicerces da democracia brasileira, que reserva a cada um dos poderes da República uma competência muito bem delineada, cujo equilíbrio é uma garantia contra qualquer espécie de deterioração que degenerasse em algum tipo de ditadura de um poder sobre os outros.

O momento exige atenção de todas as pessoas que defendem a vida humana. O poder legislativo precisa posicionar-se inequivocamente, solicitando de modo firme a garantia de suas prerrogativas constitucionais. Todos os debates legislativos precisam ser realizados no parlamento, lugar da consolidação de direitos e espaço em que o próprio povo, através dos seus representantes, outorga leis a si mesmo, assegurando a sua liberdade enquanto nação soberana. Ao poder judiciário cabe fazer-se cumprir as leis, ao poder legislativo, emaná-las.

  1. O aborto da democracia.

“Escolhe, pois, a vida”. O eloquente preceito que recebemos da Escritura, “escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19), agora, reveste-se de importância decisiva: precisamos garantir o direito à vida nascente e, fazendo-o, defender a vida de nossa democracia brasileira, contra todo e qualquer abuso de poder que, ao fim e ao cabo, constituir-se-ia numa espécie de “aborto” da democracia. As democracias modernas foram concebidas como formas de oposição aos absolutismos de qualquer gênero: pertence à sua natureza que nenhum poder seja absoluto e irregulável. Por isso, é imensamente desejável que, diante destas ameaças hodiernas, encontremos modos de conter qualquer tipo de exacerbação do poder. Em sua evangélica opção preferencial pelos pobres, a Igreja vem em socorro dos mais desprotegidos de todos os desprotegidos: os nascituros que, indefesos, correm o risco do desamparo da lei e da consequente anistia para todos os promotores desta que São João Paulo II chamava de cultura da morte.

  1. Sugestões práticas.

O que fazer? Diante da gravidade da situação, pedimos a todas as nossas comunidades uma mobilização em favor da vida, que se poderia dar em três gestos concretos:

Uma vigília de oração, organizada pela Pastoral Familiar local, tendo como intenção a defesa da vida dos nascituros, podendo utilizar como material de apoio os encontros do subsídio Hora da Vida 2018, sobretudo a Celebração da Vida, vide página 41. Ao final da vigília, os participantes poderiam elaborar uma breve ata e endereçá-la à Presidência do Congresso Nacional, solicitando aos legisladores que façam valer suas prerrogativas constitucionais: presidencia@camara.leg.br, com cópia para a Comissão Episcopal para a Vida e a Família: vidafamilia@cnbb.org.br.

  1. Nas Missas do último domingo de julho, os padres poderiam comentar brevemente a situação, esclarecendo o povo fiel acerca do assunto e reservando uma das preces da Oração da Assembleia para rezar pelos nascituros. A coordenação da Pastoral Familiar poderia encarregar-se de compor o texto da oração e também de dirigir umas palavras ao povo.
  2. Incentivamos, por fim, aos fiéis leigos, que procurem seus deputados para esclarecê-los sobre este problema. Cabe, de fato, ao Congresso Nacional colocar limites a toda e qualquer espécie de ativismo judiciário.

Invocamos sobre todo o nosso país a proteção de Nossa Senhora Aparecida, em cuja festa se comemora juntamente o dia das crianças, para que ela abençoe a todos, especialmente as mães e os nascituros.

Dom João Bosco B. Sousa, OFM
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família Bispo Diocesano de Osasco – SP

 

FONTE: CNBB

Conheça o hino da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021

A Comissão organizadora da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2021 divulgou o hino escolhido por meio de concurso. Composição do frei Telles Ramon com a música de Adenor Leonardo Terra, o hino é marcado pelo convite “Venham todos” em cada estrofe. A CFE 2021 tem como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2, 14a).

O secretário executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e membro da comissão organizadora articulada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), padre Patriky Samuel Batista, chama atenção para o convite contido na música: “Venham! Em nome de Cristo que é nossa paz, sejamos fraternos, humildes e solidários. Homens e mulheres capazes de viver o diálogo como compromisso de quem ama testemunhando a unidade desejada por Cristo”.

O autor da letra, frei Telles Ramon, foi motivado pelo tema sobre a Unidade dos Cristãos, “sobre a superação de qualquer divisão e polarização presentes nas Igrejas e também na sociedade”, e decidiu iniciar as estrofes com o invitatório “Venham todos…”.

“De fato, a CFE é um grande convite às mulheres, aos homens da sociedade e das Igrejas a se unirem nas diferenças, nas particularidades, mas num único sentido e norte: Jesus Cristo e seu Evangelho”, afirmou frei Telles.

Adenor Leonardo, que compôs a música em parceria com frei Telles, espera que o hino “possa colaborar com o crescimento do movimento ecumênico e, assim, impulsionar o diálogo e o amor como atitudes concretas de conversão para o tempo da Quaresma”.

O músico também partilhou que procurou ater-se “a algumas constantes rítmicas e melódicas presentes na música brasileira, como o uso de divisões rítmicas sincopadas e do ritmo de baião, além de uma escala melódica híbrida, que mescla o modo menor com o modo dórico”.

Clique aqui para baixar a letra e partitura do hino da CFE 2021.

Em sua primeira mensagem do ano, presidência da CNBB defende a vacina para todos os brasileiros e a equidade em seu acesso

Em sua primeira mensagem de 2021, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defende que a vacina contra a covid-19 é um direito de todos os brasileiros. A vacinação, de acordo com os bispos, é compreendida como fato social, não individual, para alcançar metas indicadas pelos epidemiologistas.

“É uma questão de responsabilidade a rápida definição de estratégias para se começar imediatamente a vacinação”, defende o documento.

Segundo a presidência da CNBB, é imprescindível que todos caminhem juntos, solidariamente, sem exclusões para a erradicação da covid-19 do mapa do Brasil. “Não se vence uma pandemia isoladamente”, reforçam os bispos. “O novo que buscamos neste ano de 2021 requer a união de todos os cidadãos de boa vontade”, afirmam.

As vidas perdidas, segundo o texto, não podem simplesmente compor quadros estatísticos. “É luto e dor no coração das famílias. São histórias interrompidas por uma ameaça ágil, perigosa e invisível, porém real”, defendem.

Os bispos também conclamam os fiéis a não se deixarem vencer pelo cansaço, pelas desinformações e a evitar as aglomerações. “Não podemos nos render à indiferença de alguns, negacionismos de outros ou à tentação de nos aglomerarmos, permitindo que nos contaminemos e nos tornemos instrumentos de contaminação, sofrimento e morte de outras pessoas”, aponta o documento.

Em outro trecho, a mensagem defende que a sociedade brasileira exige pronta união e atuação dos governantes, nas diferentes esferas do poder, guiados pela ciência e sérias indicações dos epidemiologistas, para que a vacinação comece urgentemente, pois, a cada dia, vidas são perdidas para a pandemia, agravada também por seus impactos econômico-sociais.

Confira, abaixo, a íntegra do documento. A íntegra da versão em formato pdf aqui:

UNIDOS E RESPONSÁVEIS RUMO AO NOVO QUE DESEJAMOS


“Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10)

1. O novo que buscamos neste ano de 2021 requer a união de todos os cidadãos de boa vontade para enfrentamento da covid-19. Os números mostram que a pandemia está se tornando mais grave no Brasil. Já são cerca de 200 mil mortos.

2. As vidas perdidas não podem simplesmente compor quadros estatísticos. É luto e dor no coração das famílias. São histórias interrompidas por uma ameaça ágil, perigosa e invisível, porém real.

3. Para erradicar a covid-19, é imprescindível que todos caminhem juntos, solidariamente, sem exclusões. É preciso reconhecer que o vírus não respeita fronteiras, classes sociais e qualquer outra forma de categorização que, com tanta frequência, fundamentam lamentáveis discriminações.

4. A palavra de ordem é, portanto, união. É preciso haver, cada vez mais, corresponsabilidade no enfrentamento deste desafio sanitário e social. Não se vence uma pandemia isoladamente. Cada pessoa deve cuidar de si e, principalmente, do outro, que é irmão e irmã, com profundo respeito ao distanciamento social e atenção aos protocolos sanitários indicados pelas autoridades em saúde.

5. Não podemos nos render à indiferença de alguns, negacionismos de outros ou à tentação de nos aglomerarmos, permitindo que nos contaminemos e nos tornemos instrumentos de contaminação, sofrimento e morte de outras pessoas. Não deixemos que o cansaço e a desinformação nos levem a atitudes irresponsáveis. Sejamos fortes! Permaneçamos firmes!

6. A vacina seja para todos. É uma questão de responsabilidade a rápida definição de estratégias para se começar imediatamente a vacinação, compreendida como fato social, não individual, para alcançar metas indicadas pelos epidemiologistas.

7. Justiça, solidariedade e inclusão são os principais critérios a serem seguidos no enfrentamento desta pandemia. Cada instituição e segmento da sociedade têm graves responsabilidades neste processo. Por isso, a Igreja Católica assume seu compromisso de colaborar como força educativa e solidária rumo a um novo estilo de vida.

8. A sociedade brasileira exige pronta união e atuação dos governantes, nas diferentes esferas do poder, guiados pela ciência e sérias indicações dos epidemiologistas, para que a vacinação comece urgentemente, pois, a cada dia, vidas são perdidas para a pandemia, agravada também por seus impactos econômico-sociais.

9. Especial atenção seja dedicada aos mais vulneráveis e pobres. É inaceitável e pouco inteligente que a vacina chegue mais rapidamente a alguns, deixando a descoberto a maior parte da população.

10. O Papa Francisco, na Carta Encíclica Fratelli Tutti, ensina que a palavra solidariedade expressa muito mais do que gestos esporádicos. “A solidariedade, no seu sentido mais profundo, é uma forma de fazer história” (Carta Encíclica Fratelli Tutti, n. 116). A humanidade está adoecida pela pandemia e só encontrará a cura se caminhar unida, adotando a solidariedade como princípio que orienta as relações, para que todos tenham a oportunidade de se vacinar, para que cada pessoa assuma a própria responsabilidade no cuidado com o seu semelhante e com a Casa Comum.

11. Deus, que nos fez livres e corresponsáveis pela obra da Criação, pelo cuidado uns dos outros, ajude-nos a aprender com as lições desta pandemia, para que possamos superá-la e avançarmos na construção de um mundo mais saudável, a partir da fraternidade e da solidariedade universal.

Brasília-DF, 6 de janeiro de 2021

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Fonte: CNBB