DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR
05 DE ABRIL DE 2020 – ANO VOCACIONAL DIOCESANO
REZANDO EM FAMÍLIA
TEMA: FRATERNIDADE E VIDA: DOM E COMPROMISSO
Lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc10,33-34)
SUGESTÃO VISUAL E ORIENTAÇÕES:
a) Colocar um pano vermelho nas janelas, no portão ou na porta de casa com alguns ramos (folha de coqueiro ou ervas medicinais). Marcar a casa é uma característica do povo de Deus. Os ramos utilizados neste dia poderão ser guardados para outros momentos como de costume.
b) Pode-se rezar a oração ao Espírito Santo.
c) Participar das celebrações transmitidas pela televisão ou pelas redes sociais.
d) Comprometer-se, no futuro, participar ativamente da Coleta da Campanha da Fraternidade. Com ela, ajudamos os mais pobres.
Obs.: Mesmo que as igrejas estejam abertas apenas para oração pessoal é bom que deem esta identidade visual com pano vermelho na fachada e interior e as folhas de coqueiro dentro e fora da igreja.
SOBRE AS COLETAS
Após ouvir as sugestões da CNBB, achamos por bem em nossa Diocese proceder da seguinte forma:
– COLETA DO DOMINGO DE RAMOS (Campanha da Fraternidade): transferida para os dias 14 e 15/11 (Dia Mundial dos Pobres).
– COLETA DA SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO (Lugares Santos): transferida para o dia 12 e 13/09 (XXIV Domingo do Tempo Comum).
Atenciosamente, Dom Paulo Bosi Dal’Bó – Bispo Diocesano
JESUS CRISTO, O REI MANSO E HUMILDE
ACOLHIDA: Iniciamos hoje a Semana Santa e o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor. Recordamos a entrada solene de Jesus Cristo em Jerusalém
, a Cidade Santa. Nela o Senhor sofrerá a paixão para a ressurreição. Cantemos.
REFRÃO: Hosana hey! Hosana ha! / Hosana hey! Hosana hey! Hosana ha! (bis)
- Ele é o Santo, / é o Filho de Maria, / é o Deus de Israel, / é o Filho de Davi! / Santo é seu nome, é o Senhor Deus do universo. / Glória a Deus de Israel, nosso Rei e Salvador!
SAUDAÇÃO: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
– A graça de Deus, nosso Pai, o amor de Jesus e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
MOTIVAÇÃO: Durante cinco semanas da Quaresma preparamos os corações pela oração, penitência e caridade. Hoje nos reunimos e vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida.
ORAÇÃO DE COLETA: Deus Eterno e Todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com Ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
REFRÃO: “Pela Palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar.”
PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO MATEUS (Mt 26,14–27,66)
Naquele tempo, um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos'”. Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”. Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o, distribuiu-o aos discípulos, e disse: “Tomai e comei, isto é o meu corpo”. Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lhes, dizendo: “Bebei dele todos. Pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados. Eu vos digo: de hoje em diante não beberei deste fruto da videira, até o dia em que, convosco, beberei o vinho novo no Reino do meu Pai”. Depois de terem cantado salmos, foram para o monte das Oliveiras. Então Jesus disse aos discípulos: “Esta noite, vós ficareis decepcionados por minha causa. Pois assim diz a Escritura: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão’. Mas, depois de ressuscitar, eu irei à vossa frente para a Galileia”. Disse Pedro a Jesus: “Ainda que todos fiquem decepcionados por tua causa, eu jamais ficarei”. Jesus lhe declarou: “Em verdade eu te digo, que, esta noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”. Pedro respondeu: “Ainda que eu tenha de morrer contigo, mesmo assim não te negarei”. E todos os discípulos disseram a mesma coisa. Então Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse: “Sentai-vos aqui, enquanto eu vou até ali para rezar!” Jesus levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, e começou a ficar triste e angustiado. Então Jesus lhes disse: “Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai comigo!” Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto por terra e rezou: “Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. Contudo, não seja feito como eu quero, mas sim como tu queres”. Voltando para junto dos discípulos, Jesus encontrou-os dormindo, e disse a Pedro: “Vós não fostes capazes de fazer uma hora de vigília comigo? Vigiai e rezai, para não cairdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Jesus se afastou pela segunda vez e rezou: “Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, seja feita a tua vontade!” Ele voltou de novo e encontrou os discípulos dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono. Deixando-os, Jesus afastou-se e rezou pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então voltou para junto dos discípulos e disse; “Agora podeis dormir e descansar. Eis que chegou a hora e o Filho do Homem é entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos! Vamos! Aquele que me vai trair já está chegando”. Jesus ainda falava quando veio Judas, um dos Doze, com uma grande multidão armada de espadas e paus. Vinham a mandado dos sumos sacerdotes e dos anciãos do povo. O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: “Jesus é aquele que eu beijar; prendei-o!” Judas, logo se aproximou de Jesus, dizendo: “Salve, Mestre!” E beijou-o. Jesus lhe disse: “Amigo, a que vieste?” Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre Jesus e o prenderam. Nesse momento, um dos que estavam com Jesus estendeu a mão, puxou a espada, e feriu o servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha. Jesus, porém, lhe disse: “Guarda a espada na bainha! pois todos os que usam a espada pela espada morrerão. Ou pensas que eu não poderia recorrer ao meu Pai e ele me mandaria logo mais de doze legiões de anjos? Então, como se cumpririam asEscrituras, que dizem que isso deve acontecer?” E, naquela hora, Jesus disse à multidão: J –“Vós viestes com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um assaltante. Todos os dias, no Templo, eu me sentava para ensinar, e vós não me prendestes”. Porém, tudo isto aconteceu para se cumprir o que os profetas escreveram. Então todos os discípulos, abandonando Jesus, fugiram. Aqueles que prenderam Jesus levaram-no à casa do Sumo Sacerdote Caifás, onde estavam reunidos os mestres da Lei e os anciãos. Pedro seguiu Jesus de longe até o pátio interno da casa do Sumo Sacerdote. Entrou e sentou-se com os guardas para ver como terminaria tudo aquilo. Ora, os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de condená-lo à morte. E nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, vieram duas testemunhas, que afirmaram “Este homem declarou: ‘Posso destruir o Templo de Deus e construí-lo de novo em três dias'”. Então o Sumo Sacerdote levantou-se e perguntou a Jesus: “Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti?” Jesus, porém, continuava calado. E o Sumo Sacerdote lhe disse: “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Messias, o Filho de Deus”. Jesus respondeu: “Tu o dizes. Além disso, eu vos digo que de agora em diante vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso, vindo sobre as nuvens do céu”. Então o sumo sacerdote rasgou suas vestes e disse: “Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Pois agora mesmo vós ouvistes a blasfêmia. Que vos parece?” Responderam: “É réu de morte!” Então cuspiram no rosto de Jesus e o esbofetearam. Outros lhe deram bordoadas, dizendo: “Fazei-nos uma profecia, Cristo, quem foi que te bateu?” Pedro estava sentado fora, no pátio. Uma criada chegou perto dele e disse: “Tu também estavas com Jesus, o Galileu!” Mas ele negou diante de todos: “Não sei o que tu estás dizendo”. E saiu para a entrada do pátio. Então uma outra criada viu Pedro e disse aos que estavam ali: “Este também estava com Jesus, o Nazareno”. Pedro negou outra vez, jurando: “Nem conheço esse homem!” Pouco depois, os que estavam ali aproximaram-se de Pedro e disseram: “É claro que tu também és um deles, pois o teu modo de falar denuncia”. Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo que não conhecia esse homem! E nesse instante o galo cantou. Pedro se lembrou do que Jesus tinha dito: “Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”. E saindo dali, chorou amargamente. De manhã cedo, todos os sumos sacerdotes e os anciãos do povo convocaram um conselho contra Jesus, para condená-lo à morte. Eles o amarraram, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador. Então Judas, o traidor, ao ver que Jesus fora condenado, ficou arrependido e foi devolver as trinta moedas de prata aos sumos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: “Pequei, entregando à morte um homem inocente”. Eles responderam: “O que temos nós com isso? O problema é teu”. Judas jogou as moedas no santuário, saiu e foi se enforcar. Recolhendo as moedas, os sumos sacerdotes disseram: “É contra a Lei depositá-las no tesouro do Templo, porque é preço de sangue”. Então discutiram em conselho e compraram com elas o Campo do Oleiro, para aí fazer o cemitério dos estrangeiros. É por isso que aquele campo até hoje é chamado de “Campo de Sangue”. Assim se cumpriu o que tinha dito o profeta Jeremias: “Eles pegaram as trinta moedas de prata – preço do Precioso, preço com que os filhos de Israel o avaliaram – e as deram em troca do Campo do Oleiro, conforme o Senhor me ordenou!” Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus declarou:“É como dizes”, E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou: “Não está ouvindo de quanta coisa eles te acusam?” Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?” Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: “Não te envolvas com esse justo! Porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”. Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar: “Qual dos dois quereis que eu solte?” Eles gritaram: “Barrabás”. Pilatos perguntou: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?” Todos gritaram: “Seja crucificado!” Pilatos falou: “Mas que mal ele fez?” Eles, porém, gritaram com mais força: “Seja crucificado!” Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!” O povo todo respondeu: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”. Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo: “Salve, rei dos judeus!” Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”. Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outra à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: “Tu que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!” Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombaram de Jesus: “A outros salvou… a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel… Desça agora da cruz! E acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”. Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: J – “Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o disseram: “Ele está chamando Elias!” E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a de vinagre, fixou-a na ponta de uma vara, e lhe deu de beber. Outros, porém, disseram: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!” Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. (Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa) E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram: “Ele era mesmo Filho de Deus!” Grande número de mulheres estava ali, olhando de longe. Elas haviam acompanhado Jesus desde a Galileia, prestando-lhe serviços. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. Ao entardecer, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus. Ele foi procurar Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lhe entregassem o corpo. José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo, e o pôs em um túmulo novo, que havia mandado escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo, e retirou-se. Maria Madalena e a outra Maria estavam ali sentadas, diante do sepulcro. No dia seguinte, como era o dia depois da preparação para o sábado, os sumos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos, e disseram: “Senhor, nós nos lembramos de que quando este impostor ainda estava vivo, disse: ‘Depois de três dias eu ressuscitarei!’ Portanto, manda guardar o sepulcro até o terceiro dia, para não acontecer que os discípulos venham roubar o corpo e digam ao povo: ‘Ele ressuscitou dos mortos!’ pois essa última impostura seria pior do que a primeira”. Pilatos respondeu: “Tendes uma guarda. Ide e guardai o sepulcro como melhor vos parecer”. Então eles foram reforçar a segurança do sepulcro: lacraram a pedra e montaram guarda.
Palavra da Salvação! (Pode ser feito um momento de silêncio.)
PARTILHANDO A PALAVRA (esta ou outra reflexão)
Celebramos o mistério da Paixão e Morte do Senhor. Hoje a liturgia possui caráter solene e contrito. Jesus abraça a paixão e a cruz. É o perfeito gesto da total doação da vida por amor ao próximo. Seus discípulos devem ter a mesma atitude. O Evangelho que acabamos de escutar descreve o mistério que vamos celebrar no decorrer desta semana: a Instituição da Eucaristia, a Paixão do Senhor e a Vigília Pascal.
As leituras de hoje apontam para a missão de Jesus o cordeiro e servo de Deus. Ele, o “cordeiro manso” (Jr 9, 19), se entregou por nós para nos purificar do pecado. Ele é o “Servo do Senhor” (Is 42, 1) que veio cumprir a vontade do Pai. O anúncio de Jesus é claro: “O tempo se cumpriu, o reino está próximo, convertei-vos e crede no evangelho” (Mc 1, 15). Sua missão é dar a salvação a toda humanidade. A 1ª leitura do livro de Isaías apresenta-nos um profeta que foi chamado por Deus para testemunhar entre as nações a Boa nova da salvação. Este servo do qual fala o autor, foi acometido por perseguições. Ele sofre, mas deposita sua confiança no Senhor. A 2ª leitura de São Paulo aos Filipenses é um hino Cristológico. Ele faz uma comparação do velho homem (Adão) com o novo homem (Jesus Cristo). Ao falar de Cristo, Paulo diz do “despojamento” do Filho de Deus ao se encarnar e sofrer a paixão. Este gesto de amor total chamamos de “Kenosis”. Jesus Cristo, que sendo Deus, não se aproveitou de sua condição e se fez servo obediente ao Pai até o seu martírio na cruz. No mistério da cruz, encontramos o amor que se faz vida nova! A exemplo de Jesus na agonia do horto, devemos cultivar o olhar de esperança. Um dos mais belos sentidos da encarnação é a gratuidade: “Eu estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22, 27). Jesus se torna filho da história, “ele vem a nós”. Em Jesus, Deus se solidariza conosco. Ele é um Deus “como” nós! Vive e luta contra o sofrimento à maneira humana. Somos convidados a testemunhar que Deus escolheu livremente viver como nós. Tenhamos certeza de que Ele nunca nos abandona. Paulo confirma: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Na crucificação de Jesus Cristo se encontra o Deus Crucificado. O sofrimento de Deus é verdadeiro. Ele quis realmente revelar sua solidariedade para com as vítimas deste mundo. Quem são a vítimas deste mundo? São todas as pessoas que sofrem por não terem seus direitos respeitados. São as vítimas da fome, da miséria, da violência, das guerras. São os que sofrem por lutar por um mundo mais justo e fraterno. Os que buscam e promovem a paz.
Jesus, por causa da sua coerência de vida e no anúncio do Reino, foi até as últimas consequências. Seu ministério na Galileia e em Jerusalém foi marcado por um comportamento oposto ao dos poderosos da religião e da política. Acolher a prostituta e o cobrador de impostos, tocar os “impuros”, prometer a salvação aos samaritanos, curar no dia de sábado, denunciar a hipocrisia da classe farisaica, ser aclamado rei dos pobres, são atitudes novas. Atitudes que vão de encontro às expectativas de um rei poderoso para os poderosos. Jesus é Rei na cruz por amor. É “o único Deus verdadeiro” (Jo 17, 3). Aquele que ouviu o clamor de seu povo e desceu para o libertar. Homens e mulheres de todos os tempos entenderam esta mensagem e a viveram. Irmã Cleusa, São Oscar Romero, Santa Dulce dos Pobres, Zilda Arns, Dom Helder Câmara, Pe. Ezequiel Ramin e tantos outros testemunharam o Reino por suas vidas. Observando o testemunho deles entendemos o mandato de Jesus “fazei isto em memória de mim” (Mt 26,26).
Que nesta semana de preparação para a Páscoa do Senhor assumamos em nossa vida o compromisso de testemunhar o Evangelho de Jesus nos lugares em que nos encontramos. Que saibamos viver o despojamento, solidariedade o cuidado da vida como dom e compromisso. Com Jesus, nosso Rei, caminhemos para a Páscoa definitiva.
PROFISSÃO DE FÉ: Creio em Deus Pai…
PRECES DA COMUNIDADE
– Façam preces espontâneas lembrando-se da Igreja, do país, dos profissionais da saúde, dos infectados pelo Coronavírus e outras.
LOUVOR E AÇÃO DE GRAÇAS
– O Senhor esteja convosco. Todos: Ele está no meio de nós!
L. É um prazer para nós Vos louvar e Vos adorar, Deus de bondade, neste dia em que Jesus entrou na Cidade Santa como profeta da paz. Ele foi aclamado por seus discípulos e discípulas, com um clamoroso “Hosana” para a glória do Vosso Nome. Refrão: Hosana ao Filho de Davi (2x)
L. Nós Vos bendizemos porque, no meio de dores e aflições, vão nascendo sinais de vitória pelo amor que vence a morte e a violência. Refrão: Hosana Hey! Hosana Há! Hosana hey! Hosana hey! Hosana! (bis)
L. Estes ramos são nosso grito de esperança. Na força da ressurreição, os pobres verão, reinar a liberdade e o mundo inteiro conhecerá uma cultura de paz. Refrão: Hosana ao Filho de Davi (2x)
L. Derramai sobre nós o Vosso Espírito e recebei o louvor de todo o Universo e de todas as pessoas que Vos buscam. Refrão: Hosana Hey! Hosana Há! Hosana hey! Hosana hey! Hosana! (bis)
– Senhor Jesus, lembrai-Vos de nós em Vosso Reino. Enviai de junto do Pai o Espírito que nos renova e revigora na missão. Que sejamos testemunhas do Reino até a vida eterna. Amém.
PAI NOSSO: Com amor e confiança, rezemos como o Senhor Jesus nos ensinou: Pai nosso…
ORAÇÃO: Saciados pela Vossa Palavra, nós Vos pedimos, ó Deus: como pela morte do Vosso Filho nos destes esperar o que cremos, dai-nos pela sua ressurreição alcançar o que buscamos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
BÊNÇÃO E DESPEDIDA
– O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
– Abençoe-nos e guarde-nos o Senhor Todo-poderoso e cheio de misericórdia: Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
– Levando a mensagem do Reino de Cristo, permanecei em paz e que o Senhor vos acompanhe.
T. Graças a Deus.
– Bendigamos ao Senhor.
T. Demos graças a Deus.
CANTO: Um certo dia, a beira mar…nº 789