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IV Jornada Mundial dos Avós e das Pessoas Idosas

Instituído, pelo Papa Francisco em 2021, para ser celebrado no último domingo de julho – o domingo mais próximo da festa de Santa Ana e São Joaquim – o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, tem como tema, neste ano: “Na velhice não me abandones”: evoca a fervorosa súplica ao Senhor de toda pessoa idosa para não ser deixada sozinha em sua idade avançada. O Papa exorta: “a não perder o gosto da fraternidade, mas, mostrar aos avós e aos idosos de nossas famílias a nossa gratidão e o carinho por eles, pois a vida humana – dom inestimável de Deus– é preciosa, em todas as suas fases: no início, na idade adulta e no fim”.

O Antigo Testamento considera a velhice uma das grandes bênçãos de Deus: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem teus dias na terra, que Iahweh te dá”. A literatura sapiencial desenvolve a ideia de que a vida longa é fruto de virtudes e a morte prematura é vista como um castigo divino: “O temor de Iahweh prolonga os dias; os anos dos ímpios serão breves”.

No entanto, a realidade mostrou aos israelitas o simplismo desta visão. Assim, o livro da Sabedoria já observava que a verdadeira sabedoria está em viver no amor a Deus e na obediência aos seus mandamentos: “O justo, ainda que morra cedo, terá repouso. Velhice venerável não é a longevidade, mas uma vida sem manchas. A autêntica coroa da velhice está no bem, realizado ao longo da vida. Vale mais um jovem pobre e sábio, do que um rei velho e insensato. O idoso merece consideração, respeito e carinho, pois todos nós chegaremos, um dia, a esta idade” – afirma o livro do Eclesiástico.

O Novo Testamento anuncia a Boa Nova sobre a vida humana: Cristo ressuscitado partilha com a humanidade sua vitória sobre a morte. “Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais” – disse Jesus à Marta, por ocasião da ressurreição de seu irmão, Lázaro. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” – prometeu Jesus aos seus discípulos, na sinagoga de Cafarnaum, no seu “discurso eucarístico”. “É tão grande o bem que espero – exclamava São Francisco de Assis – que todo sofrimento é, para mim, delícia”.

O cristianismo é chamado a levar, em nossa sociedade secularizada, a consolação do Evangelho aos idosos, ajudando-os a descobrir o sentido último e profundo da vida humana: uma vigília de uma grande festa. Papa Francisco, em sua mensagem, exorta os familiares dos idosos: “Visitemos nossos pais idosos, que, às vezes, emarginados e desanimados, já não esperam alguma melhora em sua vida. À atitude egoísta, que leva ao descarte e à solidão, contraponhamos um coração grato, um rosto alegre e uma palavra amiga e carinhosa, dizendo-lhes o quanto os amamos. A Virgem Maria ajude os nossos idosos a alimentar sua fé nas fontes da Palavra de Deus”.

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