A Infância e Adolescência Missionária (IAM) celebrou, neste mês de julho, 30 anos de atuação em nossa Diocese. A caminhada teve início em 1995, quando os primeiros grupos começaram a surgir, especialmente na Paróquia Santo Antônio, em São Mateus, marco inicial da missão em nossa região.
A IAM tem como missão despertar nas crianças e adolescentes o espírito missionário, com um olhar atento às realidades universais da Igreja. Os pequenos missionários atuam em suas realidades locais como protagonistas da evangelização, comprometidos com os objetivos da Obra. Um desses objetivos traduz o tripé que sustenta a missão: cooperar espiritualmente por meio de orações, sacrifícios e testemunho de vida. As crianças e adolescentes são continuamente convidadas a gestos concretos de partilha e solidariedade, vivendo a missão com alegria, generosidade e amor ao próximo.
No Brasil, há indícios de que a então chamada Obra da Santa Infância tenha chegado por volta de 1850, ainda de forma tímida e sem uma organização estruturada. Por falta de comprovação documental exata, considera-se o ano de 1858 como a data oficial de implantação da Obra no país. Após um período de crescimento até 1926, a Obra entrou em um tempo de dormência, sendo reorganizada em 1955, com a nomeação de um novo diretor nacional.
A história mais recente da IAM no Brasil podemos citar, sem dúvida, o ano de 1993 com a comemoração dos 150 anos da fundação da Infância Missionária, naquele ano foi realizado o 1° Encontro Latino-Americano da Infância Missionária em Cali (Colômbia), foi um “evento salutar e sua ‘chama, ainda fumegante’ gerou um novo ardor em sua organização e missa da Igreja do Brasil. Os 20 assessores e as 6 crianças que participaram do encontro em Cali, ao regressar, assumiram os compromissos propostos e iniciaram a reorganização da Infância Missionária” (SOUZA, Ir. Patrícia, 2024). No mesmo ano em que a IAM foi implantada na Diocese de São Mateus, 1995, o Brasil sediou o 5º Congresso Missionário Latino-Americano, evento que impulsionou significativamente a organização da IAM em todo o país. Desde então, a missão tem sido levada adiante por meio das crianças e adolescentes.
Em nossa Diocese, a entrada da IAM aconteceu pela Paróquia Santo Antônio, com apoio dos padres combonianos, especialmente na comunidade São Pedro. Um dos principais articuladores foi Francisco Malacarne, atual coordenador estadual da IAM e um dos pioneiros na formação dos primeiros grupos. Pouco tempo depois, outras paróquias também começaram a implantar os grupos missionários.
Ao longo desses anos, nossa Diocese já sediou diversos encontros estaduais da IAM, reforçando o espírito de unidade e pertença à Obra:
Paróquia Santo Antônio, em São Mateus (2002);
Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Boa Esperança (2006);
Paróquia São Marcos, em Nova Venécia (2010);
Paróquia São Cipriano, em Jaguaré (2017).
Esses encontros fortaleceram a identidade missionária e o compromisso evangelizador de nossas crianças e adolescentes.
Atualmente, o coordenador estadual da IAM pertence à nossa Diocese. Já exerceram essa função nomes importantes como Gabriela Nass. Também é fundamental reconhecer o trabalho dos coordenadores diocesanos, que assumem a missão de articular e orientar os grupos nas paróquias. Ao longo do tempo, já passaram por essa função: Francisco Malacarne, Regina Vago, Gabriela Nass, Solivan Altoé, Helber Caires e, atualmente, Valdinei Eller.
Nestes 30 anos de caminhada, centenas de crianças e adolescentes participaram da IAM. Hoje, muitos estão inseridos nas pastorais e lideranças de nossas comunidades. Também colhemos frutos em forma de vocações sacerdotais e religiosas, despertadas ainda nos encontros semanais da IAM, sementes lançadas com fé que hoje florescem e dão frutos abundantes.
Rezemos ao Pai Bondoso, para que continue abençoando e conduzindo a Obra da IAM em nossa Diocese. Que Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, interceda por cada criança e adolescente, para que o trabalho realizado continue sendo um sinal autêntico do anúncio do Evangelho.