Queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus, minha saudação fraterna!
Celebrar o Natal é celebrar o coração da nossa fé. Na noite santa de Natal, contemplamos o grande mistério do amor de Deus: o Filho eterno do Pai nasce entre nós, assume a nossa humanidade e caminha conosco. O Natal nos recorda que não estamos sozinhos. Deus entrou na história, entrou na nossa vida, entrou na nossa casa, para nós, católicos, o Natal é muito mais que uma data comemorativa.
1 – O Natal é a celebração da Encarnação
No Natal, a Igreja celebra o mistério da Encarnação do Filho de Deus: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).
Deus não permaneceu distante da humanidade. Ele entrou na história, assumiu a nossa carne, nossa fragilidade e nossa condição humana, exceto o pecado. Em Jesus Cristo, Deus se faz próximo, visível e tocável. O Natal é a resposta definitiva de Deus ao drama humano.
2. Deus nasce pobre e humilde.
Jesus nasce em Belém, numa manjedoura, em uma família simples. Isso revela que Deus escolhe o caminho da humildade, da simplicidade e do serviço. Para os católicos, o Natal é um forte apelo à conversão do coração: aprender a reconhecer Deus nos pequenos, nos pobres, nos esquecidos, nos que sofrem. O Natal é escola de humildade e simplicidade.
O presépio nos educa para um coração simples, aberto e acolhedor. No presépio, vemos um Deus que se faz pequeno, para nos ensinar a grandeza do amor. Jesus nasce pobre, frágil e dependente, para nos mostrar que a verdadeira força não está no poder, mas na humildade; não está no possuir, mas no servir; não está no egoísmo, mas na doação.
3. O Natal é anúncio de salvação.
O anjo anuncia aos pastores: “Hoje, vos nasceu um Salvador” (Lc 2,11). O Natal não é apenas o nascimento de uma criança, mas o nascimento do Salvador do mundo. Aquele que nasce em Belém, é o mesmo que morrerá na cruz e ressuscitará para nos dar vida nova. Natal e Páscoa estão profundamente unidos. O Menino de Belém é o Salvador prometido, seu nascimento inaugura um novo tempo: tempo de esperança, de misericórdia e de vida nova.
4. O Natal revela o amor de Deus.
Para os cristãos católicos, o Natal é a maior prova do amor gratuito e misericordioso de Deus: “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho único” (Jo 3,16). Deus não ama de longe; Ele ama vindo ao nosso encontro. O presépio é o grande ícone desse amor, que se faz pequeno para nos salvar.
5. O Natal é tempo de acolhida, de comunhão e de paz.
Celebrar o Natal é acolher Cristo no coração, na família e na comunidade. Natal é um convite à conversão e à caridade. É tempo de reconciliação, de gestos concretos de perdão, de partilha e de caridade. O verdadeiro espírito natalino se expressa na Eucaristia, na oração, na solidariedade e no cuidado com os irmãos e irmãs. O Natal nos chama a restaurar laços, curar feridas e construir pontes. A paz anunciada pelos anjos começa no coração de quem acolhe Jesus.
6. O Natal continua hoje.
Para os cristãos católicos, o Natal não é apenas memória do passado. Cristo continua a nascer: na Palavra proclamada; na Eucaristia celebrada; nos pobres e sofredores, na vida de cada cristão, que vive de fato o amor sublime e total.
O verdadeiro significado do Natal para os católicos é este: Deus que se fez homem para que os homens e as mulheres pudessem viver de fato como seus filhos e filhas. Celebrar o Natal é deixar que Cristo nasça em nós, transforme nossas vidas e nos faça sinais vivos do seu amor no mundo. “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados.” (Lc 2,14).
Amado povo santo de Deus, que este Natal renove nossa fé, fortaleça nossa esperança e reacenda a nossa caridade. Que cada lar se torne um pequeno presépio, onde Cristo seja amado, acolhido e testemunhado. E que, transformados pelo Menino Deus, sejamos sinais vivos do Seu amor no mundo.



