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SÍNODO DOS BISPOS NA DIOCESE DE SÃO MATEUS – ETAPA CONTINENTAL, 2021-2024

A Diocese de São Mateus-ES, do Regional Leste 3, com o desejo de participar e contribuir
para o Sínodo dos Bispos apresenta o que segue após rezar e discernir a respeito das três
questões indicadas no DEC, n. 106:

a) Depois de ter lido o DEC em ambiente de Oração, quais intuições ecoam, de modo
mais intenso, com as experiências e as realidades concretas da Igreja do vosso
continente?

  • A imagem da Tenda (n. 27) oferece ao processo-caminho sinodal uma dinâmica de
    constante saída, o que nos foi proposto pelas intuições do Papa Francisco. A Igreja é “uma
    morada ampla, mas não homogênea, capaz de dar abrigo a todos, mas aberta, que deixa
    entrar e sair (cf. Jo 10,9), e em movimento para o abraço com o Pai e com todos os outros
    membros da humanidade” (DEC, n. 27). Sendo assim, refletimos sobre as seguintes
    intuições:

    a) Continuar a pensar no Sínodo como um conceito concreto, que dá certo e precisa ser
    colocado em prática em nossas realidades diocesanas, paroquiais e comunitárias. Ele
    precisa descer às bases de nossa maneira de compreender e viver a/na Igreja.
    b) Não ter medo de fazer um encontro verdadeiro com a Igreja de Cristo presente em outros
    povos e culturas, o que possibilitará um olhar mais amplo desde as práticas celebrativas,
    vivência dos Sacramentos e inserção na vida social dos fiéis.

    c) Realizar de forma mais profunda a compreensão e vivência FÉ e VIDA. É crescente o
    distanciamento das pessoas no que diz respeito à vivência da fé celebrada nos Sacramentos.
    Ex.: a Eucaristia celebrada não é a partilhada com os irmãos famintos de pão material; a
    acolhida pregada à porta da igreja se reduz ao grupo que nela vem para celebrar e não se
    amplia para os irmãos e irmãs de comunidades excluídas como os que estão nas drogas,
    população de rua, pessoas LGBTQIA+, mulher marginalizada, pessoas com deficiência, as
    juventudes dentre outras categorias. A acolhida de Jesus deve ser marca do cristão.
    d) Formar para o respeito, acolhida e aprendizado dos povos originários, bem como garantia
    de seus direitos (Exemplo atual: Terra Indígena Yanomami).
    e) Promover, vivenciar e acostumar à escuta dedicando mais tempo para este jeito de ser
    Igreja. Inclusive, compreender a diferenças e conviver com as mesmas.

    f) “A missão da Igreja é tornar Cristo presente no meio do seu povo através da leitura da
    Palavra, da celebração dos Sacramentos e de todas as ações que tomam cuidado de quem
    está ferido ou sofredor” (DEC, n. 41). É preciso regressar à essência da vida cristã e do
    primeiro amor, às primeiras Comunidades em que tudo era comum, sem cair nos modismos
    atuais.
    g) O crescimento de famílias interconfessionais e inter-religosas precisam de atenção
    especializada.
    h) A religiosidade popular precisa ser promovida e evangelizada, pois muitas pessoas têm
    acesso a fé e aos sacramentos por este caminho tão rico da vida e cultura do povo.

Quais as experiências vos aparecem novas ou iluminadoras?

  • Mulheres ocupando lugares de chefia e reflexão na Igreja;
  • Mais entrosamento e convivência da Vida Consagrada feminina na vida da Igreja e sua
    presença nas instâncias de reflexão e decisão;
  • Grupos compostos por leigos, religiosos e clero que são consultados (escutados) nas
    tomadas de decisões nos Conselhos Diocesanos;
  • Transparência econômica e na gestão da Diocese, Paróquias e Comunidades;
  • Formação permanente e multidisciplinar dos leigos, religiosos, seminaristas e clero.
  • Acolhida e acompanhamento das pessoas LGBTQIA+na inserção e vivência da vida cristã,
    inclusive em serviços nas Comunidades;

b) Depois de ter lido o DEC e fazer uma pausa em oração, quais tensões ou divergências
substanciais surgem como particularmente importantes na perspectiva do vosso
continente?

  • Retomada da ação libertadora na vida e missão da Igreja sugerida e sustentada pela
    celebração dos Sacramentos, especialmente pela Eucaristia (partilha, solidariedade);
  • Tensões que surgem em relação ao Casamento (recasados, por exemplo) e Batismo;
  • Estudo e superação do clericalismo ministerial e laical.

Consequentemente, quais são as questões ou interrogações que deveriam ser enfrentadas
e tomadas em consideração nas próximas fases do processo?

  • Formação dos leigos, religiosos, seminaristas e clero para a Sinodalidade, evitando o
    clericalismo.
  • Transparência, seriedade e verdade na gestão da Igreja.
  • Continuar a aprofundar a presença da mulher nas instâncias de poder

c) Olhando para aquilo que emerge das duas perguntas precedentes, quais são as
prioridades, os temas recorrentes e os apelos à ação que podem ser partilhados com
outras Igrejas locais no mundo e discutidos durante a Primeira Sessão da Assembleia
sinodal em outubro de 2023?

  • Revisitar a essência da vida cristã para viver a unidade e comunhão, participação e missão
    (Sinodalidade) combatendo o clericalismo;
  • Diálogo com os “outros” (LGBTQIA+, culturas, religiões…);
  • Diálogo, aprofundamento e valorização da vida da mulher na Igreja e sociedade.

EQUIPE DO SÍNODO

  • Dom Paulo Bosi Dal’Bó, bispo diocesano.
  • Pe. Edivaldo Luis Klipel (Vigário Geral), Pe. Éder Mataveli Vargas (Coord. De Pastoral), Mª da
    Penha Fanticelli Pinto (Chanceler) e Josefina Ronchi dos Santos (Secretária).
  • Forania Baiana: Pe. Valdinei Soares dos Santos, Mª Gorete Avila dos Santos, Mª Lúcia Machado
    Santana Miranda e Neides Souza Vieira Leal.
  • Forania Capixaba: Pe. Fernando Forza, Ir. Terezinha Alves Cardoso (Congregação das Irmãs de
    Santa Catarina, VM) e Giseli Donadia.
  • Forania Mineira: Pe. Vagner Carini, Ir. Maria Creppas (Irmãzinhas da Imaculada Conceição), Weslândia Rosa Martins.
  • Forania Praiana: Pe. Elder Malovini Miossi, Pe. Edivaldo Luis Klipel, Ir. Loreta Dalla Stella
    (Missionária Comboniana) e Mª Zelma Castelan.

RETIRO DE CARNAVAL ALEGRAI-VOS 2023.

É com grande alegria que retornamos com força total e de forma presencial com o encontro mais esperado do ano por toda a família carismática da diocese de São Mateus, o retiro de carnaval “ALEGRAI-VOS”. Este ano nos reunimos na cidade de Pinheiros, na Paróquia São João Evangelista e contamos com a participação de mais ou menos 1200 pessoas, incluindo as 137 crianças que estiveram no Alegrai-vos Kids. A palavra é GRATIDÃO. Gratidão a Deus por todas as maravilhas que Ele realizou naquele lugar e sobretudo na vida das pessoas que lá estiveram conosco. Foi um encontro marcado pela ação de Deus. Um verdadeiro reencontro daqueles que gostam de passar os dias de carnaval na presença do Deus Altíssimo.

Contamos com a presença do nosso Coordenador Nacional da RCC Brasil, Vinicius Simões, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Vicariato Norte; Padre Thiago Bruno da diocese de São Luiz de Cáceres – Mato Grosso, que vieram trazer a Palavra de Deus que dá vida nova, cura e liberta. Também estiveram conosco vários sacerdotes, seminaristas, religiosas, coroinhas e como não podia faltar a presença ilustre do nosso pastor Dom Paulo Bosi Dal’Bó, que presidiu a Santa Missa de encerramento, além é claro de toda a liderança da RCC diocesana. E como atrações para as nossas noites carismáticas, vieram abrilhantar nossa festa o DJ Roony Moura, Jocelio DDD e nossa querida irmã e serva do Grupo de Oração Caminho de Deus, direto de Barra de São Francisco, Izabella Carvalho.

A todos vocês e principalmente aos servos de Pinheiros, que acreditaram que era possível, deram seus cinco pães e seus dois peixes para que Jesus pudesse realizar o milagre, o nosso muito obrigada. Esperamos a todos para o próximo “Alegrai-vos” que acontecerá na cidade de Nova Venécia. Deus nos abençoe.

INSCRIÇÕES DA TARDE DE ESPIRITUALIDADE PASTORAL DA EDUCAÇÃO.

A Pastoral da Educação promoverá uma Tarde de Espiritualidade, no dia 04/03/2023, no Mosteiro da Virgem de Guadalupe em São Mateus, das 14 às 17h. Faça a sua inscrição pelo link. Contamos com a presença de todos vocês.

Segue o link de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdYEMGIqb34cmZqzG0v4LCvwDsa3SlVmW7YSoiRX9-C1_esUg/viewform?usp=sf_link

EQUIPES DE CATEQUESE E DE LITURGIA PROMOVERAM A FORMAÇÃO DIOCESANA.

No último sábado, 25/02, as Equipes Diocesanas de Evangelização e Catequese e de Liturgia promoveram a formação diocesana “Liturgia e Catequese”, conforme o planejamento da Prioridade Diocesana “Formação bíblica, catequética e litúrgica em vista da iniciação à vida cristã”. O encontro aconteceu em Nova Venécia, assessorado pela Ir. Fabíola Medeiros, fsp. Os quase 200 participantes foram motivados a unir Catequese e Liturgia a serviço da iniciação à vida cristã. Deixando de lado a infeliz separação entre rito e ensino, os evangelizadores são chamados a apostar no método da “mistagogia”: tornar os encontros de catequese mais orantes, e fazer com que as celebrações sejam mais catequéticas, usando, sobretudo, os recursos da Leitura Orante da Sagrada Escritura e a grande riqueza e variedade dos símbolos que a nossa Igreja conserva e valoriza.

REPRESENTANTES DAS EXPRESSÕES JUVENIS DA DIOCESE SE ENCONTRAM PARA ESTUDO.

No último final de semana 25 e 26 de fevereiro, aconteceu em São Mateus (CEDI) o Encontro da Pastoral Juvenil, assessorado por Pe. Edson Delfino, assessor da Pastoral Juvenil de nossa diocese. O encontro teve a participação de representantes das expressões juvenis existentes em nossas paróquias. O momento foi mercado pelo estudo do Plano Nacional “Ao Seu lado”. Plano este, que apresenta eixos e linhas de ações para a caminhada pastoral de nossas expressões. O momento foi de escuta e de muito conhecimento.

DIOCESE DE SÃO MATEUS COMPLETA 65 ANOS DE HISTÓRIA.

Neste dia, 16 de fevereiro, a Diocese de São Mateus completa 65 anos de Instalação. Esta Igreja particular situada no Norte do Estado do Espírito é agraciada por tantos frutos colhidos ao longo destes anos com a ajuda do Povo Santo de Deus.

A história iniciou em Funchal, Ilha da Madeira, em Portugal. Depois pertencida à diocese de Niterói/RJ, mais tarde à diocese do Espírito Santo, e no dia 16 de fevereiro de 1958 o Papa Pio XII criou as dioceses de São Mateus e Cachoeiro de Itapemirim, pela bula Cum Territorium.

Bula Cum Territorium.

Os padres que atuaram pouco antes no território onde seria a nova diocese foram: Frei Francisco Travesso, Pe. Zacharias de Oliveira e Monsenhor Guilherme Schmitz. Os primeiros Missionários combonianos chegaram em 1952: Pe. Francisco Marchi Aletti, Pe. Rino Carlesi e Pe. Carlos Furbetta entre outros. E na sequência, chegaram também congregações sendo masculinas e femininas que contribuíram e contribuem com a evangelização desta Igreja de São Mateus.

O primeiro bispo da Diocese foi Dom José Dalvit que pastoreou entre 1959 e 1970, trazendo os ventos da renovação, iniciando as Assembleias Diocesanas e orientando sobre o sacramento do Batismo. Preocupou-se com a situação de pobreza do norte e noroeste do Espírito Santo, incentivando a construção de escolas e hospitais. Deu ampla abertura à formação dos leigos, com a construção da Sagrada Família e se preocupou em formar o futuro clero, com a construção do seminário.

Dom José Dalvit.

Dom Aldo Gerna foi o segundo pastor por 36 anos, entre 1971 e 2007. Trouxe inúmeros assessores para continuar a formação dos leigos e atualizar padres e irmãs. Firmou as pastorais da diocese com a formação de equipes diocesanas. Ensinou a ligar a fé com a vida favorecendo a organização dos oprimidos. Em 1972 implantou o dízimo como forma de partilha e manutenção da pastoral, escreveu cartas de orientação na época de eleições e outras de orientação pastoral. Trouxe a vida religiosa contemplativa na construção do mosteiro Beneditino, ofereceu ao povo um lugar mais amplo para as liturgias com a construção da nova catedral em forma de tenda. Para acolher novas vocações construiu um novo seminário na Serra-ES e na aproximação do povo e conhecer a sua realidade, fez cinco visitas pastorais, conhecer todas as comunidades criadas até o fim de seu pastoreio.

Dom Aldo Gerna.

O terceiro bispo foi Dom Zanoni Demettino Castro, entre 2007 e 2014. Através do seu incentivo conseguiu tornar da diocese a rádio Kairós. Solidificou as foranias e fortaleceu mais ainda as instâncias da diocese através dos Conselhos. A diocese já havia desenvolvido várias modalidades de Missões Populares, mas, com base em sua experiência, propôs o Projeto das Santas Missões Populares que aconteceu entre 2013 e 2017. Este projeto foi amplamente abraçado por Dom Paulo ao chegar na diocese em 2015.

Dom Zanoni Demettino Castro.

No dia 26 de dezembro de 2015 a diocese acolheu seu 4º pastor: Dom Paulo Bosi Dal’Bó. Capixaba de Rio Bananal. Assumiu e continua a caminhada que a diocese adotou desde o Vaticano II. Em tempos do Papa Francisco, Dom Paulo recorda que devemos ser uma Igreja descentralizada e em saída. A criação de novas paróquias revela isso: padres mais perto do povo e povo mais perto do padre. Evangeliza e comunica, inclusive pela música, e incentiva o bom uso dos Meios de Comunicação Social, dando destaque à Rádio Kairós.

Dom Paulo Bosi Dal’Bó.

Muitos são os frutos nesses 65 anos de caminhada: lideranças formadas e leigos comprometidos ao ponto de terem suas vidas ceifadas pela verdade do evangelho, como é o caso dos saudosos, Verino e Léo. Entendimento do dízimo como partilha, missão como prioridade, padres diocesanos, muitas religiosas nascidas na diocese, leigas consagradas diocesanas, diversas pastorais sociais específicas, conselhos em vários níveis, surgimento de Movimentos, valorização da Palavra de Deus, criação de novas paróquias, Romarias da Terra e das Águas, fundação e refundação da Cáritas Diocesana, assistência aos assentamentos, Criação do Conselho Diocesano de Leigos. Tudo isto em sintonia com a Igreja no Brasil, abraçando sempre as Diretrizes Gerais da CNBB e colocando em prática seu objetivo.

Mensagem da Pastoral da Saúde Diocesana para o XXXI Dia Mundial do Doente. “Trata bem dele”(Lc 10,35)

Caríssimos irmãos presbíteros, religiosas, agentes da Pastoral da Saúde e demais profissionais da saúde, povo de Deus em situação de enfermidade, gente querida, saúde e paz!

A Pastoral da Saúde de nossa Diocese de São Mateus, em comunhão a Igreja no mundo inteiro, celebra neste dia 11 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes, o Dia do Enfermo.

Gente querida, sabemos que desde sempre a doença faz parte da trajetória da vida das pessoas. Tal realidade não nos deve assustar, afinal somos humanos e não máquinas robóticas. A dor e o sofrimento não nos devem ser estranhos. E esta consciência de nossa humanidade é o principal fator que nos desperta à compaixão para com o próximo, sobretudo com os que se encontram em situações de vulnerabilidade. É sabido que dentre os maiores medos que as pessoas têm de serem acometidas por alguma doença grave, está o medo do abandono e da solidão. É desumano e entristecedor saber que tantos irmãos e irmãs, carne de nossa carne, sofrem o abandono e a indiferença quando estão doentes em seus leitos.

O cuidado com o outro extrapola normas ou preceitos religiosos, mais que uma exigência aos que professam uma fé, é um dever humanitário. A figura do Bom Samaritano que nos é apresentada pelo Evangelista Lucas, na Parábola (Lc 10,25-37), é paradigma de vida para todas as pessoas de boa vontade. A cultura utilitarista e materialista dos tempos hodiernos tem lutado com muito vigor para fazer com que as pessoas se identifiquem cada vez mais com os que foram indiferentes com o doente da Parábola. Essa realidade do descartável tem gerado uma grande preocupação na Igreja. Frente a isto, o Papa Francisco há pouco tempo nos presenteou com a Encíclica Fratelli Tutti, que propõe-nos uma leitura atualizada e humana da Parábola do Bom Samaritano.

Em sua mensagem para o XXXI Dia Mundial do Doente, o Papa Francisco assim diz:

De fato, o Dia Mundial do Doente não convida apenas à oração e à proximidade com os que sofrem, mas visa ao mesmo tempo sensibilizar o povo de Deus, as instituições de saúde e a sociedade civil para uma nova forma de avançar juntos. A profecia de Ezequiel […] contém um juízo muito duro sobre as prioridades daqueles que exercem, sobre o povo, o poder econômico, cultural e governamental: ‘Vós bebestes o leite, vestistes-vos com a sua lã, matastes as reses mais gordas e não apascentastes as ovelhas. Não tratastes das que eram fracas, não cuidastes da que estava doente, não curastes a que estava ferida; não reconduzistes a transviada; não procurastes a que se tinha perdido, mas a todas tratastes com violência e dureza’ (Ez 34, 3-4). A Palavra de Deus – não só na denúncia, mas também na proposta – é sempre iluminadora e de hoje. Na realidade, a conclusão da parábola do Bom Samaritano sugere-nos como a prática da fraternidade, que começou por um encontro de indivíduo com indivíduo, se pode alargar para um tratamento organizado. A estalagem, o estalajadeiro, o dinheiro, a promessa de se manterem mutuamente informados (cf. Lc 10, 34-35)… tudo isto faz pensar no ministério de sacerdotes, no trabalho de operadores de saúde e agentes sociais, no empenho de familiares e voluntários, graças aos quais cada dia, em todo o mundo, o bem se opõe ao mal.

E é disso que precisamos: coragem! Coragem para desconstruir um sistema utilitarista e construirmos uma realidade onde a caridade e a compaixão sejam as principais bases.

Nesta ocasião oportuna, nos dirigimos aos Agentes da Pastoral da Saúde, aos cuidadores domésticos e aos Agentes da Saúde que trabalham nas unidades de Saúde: sejamos atentos e sensíveis à dor dos que estão à nossa frente. O grito do outro, seus desejos de partilhas da vida não podem ser sufocados pela indiferença ou mesmo pela pressa dos muitos afazeres do dia a dia. Entendamos: nunca é desperdiçar tempo nos colocarmos ao lado de quem sofre. Nunca! Pelo contrário, esta atitude é empregar bem o tempo, é fazer o bem não somente ao outro, mas a nós mesmos, pois nos tornamos mais humanos sempre que agimos com compaixão e caridade. Agradecemos aos agentes das diversas áreas supracitadas que desempenham com amor e zelo sua missão de cuidar. O cuidado com amor é o principal remédio que ameniza as dores de quem se encontra em sofrimento ou mesmo já no entardecer da vida. Ocupemo-nos, com a dor do outro, pois a Palavra de Deus nos interpela: Cuida dele (Lc 10,35)!  

Por fim, uma palavra de conforto e estima a todos os que sofrem por alguma enfermidade: queridos irmãos e irmãs, saibam que vocês não estão sós. O Cristo de Deus, que por nós sofreu naquela Cruz, encontra-se ao lado de cada um e os ajuda a carregar o fardo de cada dia. Também Igreja, como boa Mãe que é, reza incessantemente por cada um de vocês e oferece a todos o conforto e o sustento dos Sacramentos. Jamais se sintam um peso para a família, para sociedade ou para os que estão a cuidar de vocês. A vida de cada um de vocês continua sendo um dom de Deus, e por isso deve ser sempre guardada e amparada. Que a certeza de serem amados e importantes os alivie da angústia da doença que estão a enfrentar.

Que Maria Santíssima, Mãe de misericórdia, hoje honrada com título de Nossa Senhora de Lourdes, interceda junto a Jesus por cada pessoa que sofre alguma enfermidade, sobretudo por aquelas sofrem na doença o abandono e a solidão.

Fraternalmente.

Pe. Magno Nogueira Pereira

Coordenador Diocesano da Pastoral da Saúde

01⁰ ENCONTRO DE COORDENADORES DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA MISSIONÁRIA – (ECIAM).

Entre os dias 04 e 05 de fevereiro aconteceu o 01⁰ Encontro de Coordenadores da Infância e Adolescência Missionária – (ECIAM) na Diocese de São Mateus. Aconteceu na Paróquia Nossa Senhora das Graças, cidade de Vila Valério e contou com a participação de vários coordenadores e vice-coordenadores dos grupos da IAM presentes na diocese, juntamente com familiares acompanhantes e coordenações paroquiais.

O encontro foi realizado pela Coordenação Diocesana da IAM, e marca o início das atividades em preparação a Celebração dos 180 anos da Pontifícias Obra da Infância e Adolescência Missionária, que acontece neste ano de 2023. O encontro teve como forte objetivo: fortalecer o protagonismo das crianças e adolescentes coordenadoras de grupo, a partir da consciência da Universalidade da Missão vivenciada através do Carisma da Obra: Oração, sacrifício e solidariedade.

Helber Caires, coordenador diocesano da IAM nos diz: “a Obra da Infância e Adolescência Missionária leva as crianças e adolescentes ao discipulado, ao seguimento de Jesus.” E Devemos fazer com que a formação delas realmente aconteçam, e de forma permanente.

SEMINÁRIO MAIOR SÃO MATEUS RETOMA PROCESSO FORMATIVO.

No Seminário Maior os rapazes são chamados ao discipulado e a configuração ao Bom Pastor, que por amor, deu sua vida a suas ovelhas. O Discípulo é aquele que aprende todos os dias a entrar no segredo do Reino de Deus, vivendo uma relação profunda com Jesus. A vida cristã é uma conformação contínua com Cristo, imagem do homem novo, para alcançar a comunhão plena com Deus. Dizia o Papa Francisco: Muitas vezes, na vida, perdemos tempo nos perguntando: Mas quem sou eu? E podes levar a vida inteira a questionar-te procurando saber quem és. Mas pergunta a ti mesmo: Para quem eu sou? És para Deus. Para se discernir a própria vocação é preciso reconhecer que essa vocação é o chamado de um amigo: Jesus.  Diferente de seu povo de sua terra natal que não acolheu ao seu projeto, sejamos hoje capazes de deixar que o Mestre realize em nós a sua vontade.

Na última quarta-feira (01/02/2023), o Seminário Maior São Mateus retomou o processo formativo, depois do período de férias. Acolheu de modo especial neste dia, o seminarista Rafael Charile Capucho que inicia a etapa do Discipulado (Filosofia). Ele é natural da paróquia Nossa Senhora das Graças, comunidade São Jorge (Vila Valério). E também, nesta ocasião é acolhido o Seminarista Enilson Souza Silva Júnior, que inicia a etapa da Configuração (Teologia), pois concluiu a etapa do Discipulado no último ano. Portanto, o seminário está composto por 10 seminaristas, provenientes de diversas paróquias da diocese e o reitor Padre André Luciano Masarim.

Sendo os seminaristas:

– Etapa Discipulado:

Rafael Charile Capucho – Paróquia Nossa Senhora das Graças- Vila Valério (1º de Filosofia);

Victor Hugo de Souza – Paróquia Senhor Bom Jesus- Água Doce do Norte (3º de Filosofia);

Kaylan Bettim Ton – Paróquia São Cipriano- Jaguaré (3º de Filosofia).

-Etapa Configuração:

Enilson Souza Silva Júnior – Paróquia Nossa Senhora das Graças- Boa Esperança (1º de Teologia);

Lucas Aurélio Coslop – Paróquia Nossa Senhora das Graças – Vila Valério (2º de Teologia);

Fabricio Soares Pardim – Paróquia São João Evangelista- Pinheiros (3º de Teologia);

Pablo dos Santos França – Paróquia Arcanjo São Gabriel- São Gabriel da Palha (3º de Teologia);

Evanderson Medeiros – Paróquia Arcanjo São Gabriel- São Gabriel da Palha (3º de Teologia);

Daniel Sousa Bergamin – Paróquia São Mateus – São Mateus (4º ano de Teologia);

Cosme da Rocha – Paróquia Arcanjo Gabriel- São Gabriel da Palha (4º ano de Teologia).

CARTA ABERTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE AO PADRE MOACIR PINTO.

Dom Paulo Bosi Dal’Bó, o corpo clérigo da Diocese de São Mateus-ES e o povo santo de Deus vem a público repudiar as declarações de ofensas e de humilhação pública sofridas pelo Pe. Moacir Pinto durante uma homília no dia 01/02/2023 nos festejos de Nossa Senhora dos Navegantes, na Paróquia de Guriri, em São Mateus. Na ocasião, o Padre Moacir refletia sobre a situação de abandono e morte dos indígenas yanomamis no estado de Roraima, quando o Sr. Eliezer Nardoto o confrontou afirmando que ele estava fazendo campanha político/partidária dentro da Igreja.

Diante desse fato, é importante lembrar e ressaltar que toda a ação profética da Igreja em defesa da VIDA é fundamentada nas sagradas escrituras, na Doutrina Social da Igreja e no testemunho de tantos homens e mulheres de fé que doaram seu sangue para defender outras vidas. A proteção da VIDA não é pautada em nenhum viés de cunho ideológico ou partidário, uma vez que a VIDA é um dom de Deus e todo aquele que se sente cristão e é cristão tem o compromisso de defendê-la, independente do país, continente ou hemisfério que a VIDA estiver sendo ameaçada.

Dessa forma, Dom Paulo Bosi Dal’bó, o Clero e o povo santo de Deus se solidarizam com o Pe. Moacir e ratificam sua pregação profética em defesa da VIDA dos indígenas yanomamis.

Que Deus nos ilumine e nos abençoe na missão em defesa da vida!

São Mateus, 03 de fevereiro de 2023.

Dom Paulo Bosi Dal’Bó
Bispo da Diocese de São Mateus.