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Decida-se pela alegria duradoura!

A Igreja reza no mês de agosto de forma particular pelas vocações e assim, sendo ela intermediadora da graça divina, conclama seus fiéis a se colocarem em serviço. O Salmo 25 canta a mudança de vida do pecador. Ao sair de uma condição de vergonha para um caminhar junto ao Deus que “ensina aos pobres o seu caminho” (v.9b), o Senhor mais uma vez espera por respostas que surgirão do encontro com aquele que estava perdido e agora inicia sua trajetória nesta jornada. Decidir-se pelo itinerário proposto pelo Senhor é se deixar tocar por sua ação e confiar que de sua força virá as palavras necessárias quando eu precisar (cf. Jr 1, 9). Optar-se ao seguimento do Mestre nos provoca a viver de forma despreocupada com o amanhã: “Basta a cada dia a própria dificuldade” (Mt 6, 34c). Ele não isenta a ninguém dos obstáculos da vida, mas provoca a se ter confiança, a fazer o percurso passando pela porta mais estreita, a ser aquele seguidor que tem prudência e no Senhor é chamado a fincar suas bases. (cf. Mt 7,7-27)

Decidir por algo é renunciar outras coisas. Tais escolhas poderão não corresponder com os anseios do mundo. Em meio a tantas fragmentações do ser humano, falar numa cultura vocacional é indicar “um caminho necessário para a construção unitária da pessoa” (Texto-base do IV Congresso Vocacional do Brasil, 2018, p.15). Os muitos problemas vividos pelos homens atualmente se contrapõem ao ideal proposto por Jesus ao descer da montanha. Sua mensagem é de esperança, para que no fim possam ser felizes, pois o desejo por um mundo novo implica em denunciar a certas atitudes contrárias ao amor divino (cf. Lc 6, 17-26). A realização deste intuito de Cristo acontece em nossas famílias, comunidades, sociedade, todos os dias, pois são nos pequenos gestos de conversão que se decide andar no caminho do Pai. Todos são convocados a serem propagadores desta graça. “A descoberta da vida como dom recebido de um Pai amoroso e providente provoca surpresa e maravilha na pessoa” (Texto-base do IV Congresso Vocacional do Brasil, 2018, p.17). Assim como São Paulo nos diz para agradecermos sempre (1Ts 5,18), sejamos colaboradores de um mundo mais grato e feliz, com mais esperança e menos pessimismo, e logo, mediante as realidades de tristeza, (Eclo, 38,20) tenhamos a força necessária para dar ao nosso coração a certeza de termos um Deus amigo, que não nos abandona, porque ele é Pai. Decida-se pela alegria que dura mais!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÍBLIA SAGRADA.Edição Pastoral. 45 ed. São Paulo: Paulus, 2002
PASTORAL VOCACIONAL DO BRASIL. Texto-base do IV Congresso Vocacional do Brasil. Brasília: Edições CNBB, 2018

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