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“O Verbo se fez carne e habitou entre nós”…(Jo 1,14)

Para nós, o Tempo do Advento é muito importante, pois através do convite de São João Batista, somos convidados a nos converter e preparar os caminhos do Senhor: “Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, aplainai suas veredas. João Batista apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para a remissão dos pecados.” (Mc 1, 3-4).

Já nesse Tempo Litúrgico, nossa Igreja Católica nos convida a refletir sobre nós mesmos e nos mostra que o Menino que nasceu na pobre gruta de Belém de Judá é Aquele que definitivamente iluminou nosso caminho. O nascimento de Jesus então se tornou o inicio de um novo tempo.

São Francisco, que resolveu meditar este acontecimento com intensa afetividade, ao usar a manjedoura e formar o presépio pela primeira vez, nos ajudou a imaginar o que de fato aconteceu naquela noite.

Ao aproximar-se do Natal, a maioria destes símbolos pode ser encontrada por toda a parte: nas praças, nas ruas, nas iluminações dos prédios. Assim, nos alegram os cantos natalinos, as árvores de Natal, a estrela e principalmente o presépio, com as pessoas ao seu redor.

Faço uma pergunta para uma breve reflexão: “Estes símbolos causam dentro de nós um aprofundado pensamento religioso?”

A impressão que temos é que, em nossos dias, os símbolos religiosos do Natal tomaram uma dimensão comercial muito forte, perdendo a sua essência, que deveria nos remeter ao nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. O problema é mais grave ainda, pois retrata a tendência de a Sociedade viver intensamente seu caráter consumista, deixando Deus de lado.

O que devemos fazer para celebrar dignamente o Natal?

Comecemos a partir de nossas famílias, os pais explicando aos filhos que Jesus é a imagem mais importante no presépio e quem são outras pessoas ali presentes. Ao lado do presépio, vale a pena colocar a Bíblia, a fonte escrita da nossa fé, explicando também às crianças que o presente de Natal é por causa do nascimento do Menino Jesus e não de Papai Noel. Na noite de Natal, as famílias devem reservar o tempo para ir à Igreja e celebrar a festa do Natal do Senhor.

Somente a ceia tradicional não é o suficiente!  Não podemos seguir a atitude de frieza do povo de Belém de Judá, expressa no Prólogo do Evangelho de João: “Chegou para os seus e os seus não O acolheram.” (Jo 1,11)

Precisamos ter a coragem e sensibilidade de manter os corações abertos para acolher o Menino Deus no Natal de 2017. Como gesto concreto, talvez fosse interessante exercer a caridade, ajudando algum irmão necessitado. Este seria nosso presente para o Menino Jesus!

A vida é efêmera e passa muito rápido! Não podemos deixar nos perder nesse mundo, com as coisas que passam. Precisamos deixar que nossos olhos permaneçam fixos em Jesus, nosso Senhor, abraçando assim as coisas que não passam. O tempo que nós temos para sermos melhores, corretos, justos é o presente, o hoje. O ontem já se foi e somos incapazes de voltar no tempo, seja para corrigir algum erro ou para reviver alguma situação de alegria. O amanhã pertence a Deus e não temos nenhuma garantia de que o teremos. Recordo as palavras de São Paulo: “Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação. Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.” (II Cor. 6,2)

Desejo a cada um de vocês um Feliz e Santo Natal. Pela intercessão e proteção de Nossa Senhora das Mercês, que o Ano de 2018 seja um ano cheio de paz, saúde e graça!

Gloria in excelsis Deo!!!

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